Lápis de Cor e Degradê - Dia 1

Inicia uma nova série:  Arte Criativa na Prática . Ela combina a publicação de posts + episódios do podcast e tem o objetivo de estimular você a praticar junto com a Arte Criativa. Para isso é importante que você, além de ler esse post, escute o podcast. 

No  episódio #20 , expliquei os motivos que me levaram a criar e dividir com você essa vivência de Arte Criativa. 

Como você escutou no podcast as atividades que irei propor por aqui tem a intenção de dissolver a Rigidez . Entenda por rigidez a resitência em mudar, a percepção de que só a uma única forma de se relacionar com a vida, o apego a antigos comportamentos, formas de pensar e sentimentos, e por aí vai…

Então, o convite que faço a você é que embarque comigo nessa prática artística para dialogar com nosso lado rígido e transformá-lo, aprender com ele e, assim, fluir e abrir espaço para novos conceitos e experiências em nossa vida. 

“a rigidez de pensar, agir e sentir constrói
uma barreira impedindo que novos caminhos
e formas de expressão surjam. esse comportamento
diminui a criatividade e mina a nossa energia de criação.”

1. preparando seu local

Aprendi que o local no qual praticamos a Arte Criativa é tão importante quanto o momento que nos dedicamos a criar. Sem ter um local tranquilo, organizado, com os materiais de arte disponíveis e acessíveis, não temos força para sair do dia a dia, sentar na mesa e dedicar minutos a nutrição de nossa arte.  

Por isso, o primeiro passo para essa prática é: organize e estruture, com carinho, seu local de criação. Compartilhei algumas ideias no podcast, inspire-se!

Se desejar, pode escutar a playlist de inspiração do Atelier. 

2. materiais de arte e a mandala

Para esse Dia 1 separei um bloco de desenho A4 (que pretendo usar durante esses dias) e lápis de cor aquarelável. Gosto do lápis macio e uso os aquareláveis. Use o que você gosta mais. Ainda não adquiri (está na minha lista de desejo), mas pesquisei que o Lápis de Cor Tris Mega Soft é de boa qualidade e acessível. 

Durante esses dias vou utilizar as Mandalas como a forma que abrigará a minha criação artística. Sugiro você desenhar o círculo da Mandala de diferentes formas: a mão livre, com algum pires ou suporte para contornar o círculo ou compasso. No podcast expliquei mais sobre os motivos que me fizeram escolher a mandala como parte dessa vivência.

Experimente construir o círculo de maneiras diversas. Observe como se sente. É um primeiro passo no diálogo com nossa rigidez. E aqui chamo sua atenção: toda a vivência de Arte Criativa traz a que pratica o contato com seus sentimentos, pensamentos, comportamentos. Desde o momento que estamos organizando nosso espaço criativo, já estamos experimentando o contato com um aspecto nosso que pode resistir ou fluir na atividade proposta. Conter-se ou expandir-se.

Não menciono isso para que você se julgue ou rotule ou auto-diagnostique. Pelo contrário, espero que você aproveite esse diálogo com si mesma através da arte. Acolha o que sente, transforme e experimente diferentes novas formas de ser. A principal premissa do ser rígido é a falta de flexibilidade. Nessa prática, vamos pouco a pouco trazendo a flexibilidade para perto de nós.

mandala e seu poder de cura

Quem deseja conhecer mais sobre o universo das mandalas e ampliar seu conhecimento sobre essa prática milenar, pode adquirir a video-aula gravada Mandala e o Poder de Cura. Além do conteúdo da aula, você acessa também a atividade de Arte Criativa - Mandala da Prosperidade. Adquira aqui.

3. momento de conexão

Antes de iniciar a atividade sugiro que você sente em uma posição confortável, apoiando os pés no chão (gosto de ficar descalça), fechar os olhos e se concentrar em sua respiração.

Faça três respirações profundas, imaginando que o ar que inspira caminha até a sola dos pés e nesse local sai (expirando). É um exercício de imaginação e respiração. Experimente!

Em seguida, respire em três períodos mentalizando em cada um deles as frases:

1. Inspiração – Eu inspiro o Amor

2. Retenção do Ar inspirado – Eu Sou o Amor

3. Expiração – Eu Irradio o Amor

Pronto! Como se sente?

Sempre que faço esses exercícios me sinto mais confortável comigo mesma (não sei traduzir em palavras). A ansiedade diminui e consigo prosseguir para criar com mais presença. 

Através da prática de respirações, meditações, posições de yoga, aplicação de Reiki e outras práticas energéticas e vibracionais vivenciadas por mim ao longo desses seis anos consegui perceber como cada uma delas é importante para a experimentação da Arte Criativa. Elas são um recurso que facilita o processo criativo, que me conecta a mente intuitiva e abstrata e facilitam o movimento de sair do piloto-automático e correria cotidiana para que eu possa criar mais livremente e liberar minha expressão pelas artes visuais. 

4. processo criativo

Aqui vou descrever como conduzi o meu processo criativo para que você se inspire e também experimente criar dessa forma.

Fiz o risco do círculo da Mandala contornando um objeto e escolhi a primeira cor de lápis que me chamou a atenção. Tente fazer dessa forma a escolha das cores. Respire sempre em todo o processo de criar, principalmente, se você estiver ansiosa em concluir.

Um ponto importante: se tiver pouco tempo ou desejar fazer rápido, busque construir uma pequena mandala (em metade de um A4, por exemplo). Da mesma forma, se resolver ampliar a experiência, pode construir uma Mandala maior que a minha. Só atenção pois o material que estamos utilizando, lápis de cor, é de cobertura lenta, isto é, para desenho maiores pode exigir mais de um dia para cobrir toda a superfície. E isso pode gerar ansiedade.

O preenchimento da Mandala foi feito aleatoriamente, isto é, me permiti fazer a primeira forma que tivesse vontade. Com a mesma cor de lápis fiz as curvas ao redor da mandala, depois o círculo central e os círculos internos. Feito isso, comecei a colorir. Novamente escolhendo a cor que me chamava atenção.

Lápis de Cor e Degradê

 O método de colorir que utilizei foi o degradê. Indo da tonalidade mais forte até mais suave do azul claro e misturando com o lilás (veja imagens abaixo). Quando faço um degradê com lápis de cor (as percepções com outros materiais de arte são diferentes), vou integrando integrando sensações. 

Ao perceber as variadas tonalidades de uma cor e, mais importante ainda, experimentando a criação dessa tonalidades, trabalho interiormente em mim uma nova visão das possibilidades dessa cor aparecer no papel. Não preciso usar a cor de uma única forma. Ela tem nuances e tons do claro ao escuro e essa combinação traz ao desenho mais movimento visual, fluidez.

Como fazer um degradê

O degradê com lápis de cor é feito através da pressão que colocamos na mão, no lápis e na superfície (papel). Quando desejamos o tom mais escuro da cor, colocamos mais pressão. No tom mais claro, menos pressão, então a cor fica mais suave. A união desses dois tons (escuro e claro) é a “dança” de colorir dos extremos. Vamos suavizando o colorido em movimentos circulares ou retos bem juntinhos. Com o lápis de cor macio fica mais fácil de experimentar. Você pode também usar um esfuminho, mas minha sugestão nesse exercício de hoje é que experimente pintar através do degradê sua mandala sem esse recurso. Veja as primeiras imagens da galeria abaixo. 

o resultado final do meu processo de criar

Final do processo

Fiz o degradê em toda a mandala alternando cores. Para o centro do desenho, que repeti o padrão inicial de traços, usei a caneta nanquim. Queria, ali, deixar uma marca definida. Precisava de trazer uma forma concreta, não consegui ficar somente nos tons e sobretons do degradê. 

Colori o centro e ao final me senti com mais harmonia. A postura rígida teve espaço de expressão e desconstrução nesse Dia 1. Um primeiro passo ao diálogo, ao acolhimento e ao dissolver para abrir mais espaço para um novo pensar, agir e sentir. Abrir espaço. Esse é o desejo que caminha comigo para o Dia 2 de prática de Arte Criativa. Nos vemos no próximo dia. 

abraços criativos,

PatDiniz

PS: se tiver o desejo de partilhar suas criações comigo envie mensagem pelo whatsapp do atelier ou use a hashtag #artecriativanapratica e me marque nas redes sociais.